Dados divulgados na última segunda-feira (14) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, apontam que o superávit da balança comercial se mantém em ritmo de alta e já soma US$ 31,76 bilhões no acumulado do ano, até a segunda semana de junho, com aumento de 59,3% pela média diária, na comparação com o período de janeiro a junho do último ano. A corrente de comércio atingiu US$ 208,86 bilhões no período, com incremento de 30,4%.
Neste ano, as exportações totalizam US$ 120,31 bilhões, com crescimento de 33,6%; e as importações subiram 26,3%, chegando a US$ 88,55 bilhões. Já no acumulado do mês, as exportações aumentaram 75,3% e totalizaram US$ 11,67 bilhões; e as importações cresceram 68,2%, somando US$ 7,04 bilhões. Consequentemente, a balança comercial teve um superávit de US$ 4,64 bilhões, em alta de 87,3%, e a corrente de comércio foi de US$ 18,71 bilhões, com incremento de 72,6%.
Ao se levar em consideração a segunda semana de junho, as exportações totalizaram US$ 7,388 bilhões; e as importações, US$ 4,613 bilhões. Desse modo, a balança comercial teve um superávit de US$ 2,775 bilhões e a corrente de comércio de US$ 12,002 bilhões.
Quanto às exportações, nota-se um aumento de 75,3% por conta do crescimento nas vendas da indústria extrativista (201,3%), da indústria de transformação (45,9%) e da agropecuária (44,4%). Resultado esse, obtido ao comparar a média diária até a segunda semana deste mês (US$ 1,459 bilhão) com a de junho do ano passado (US$ 832,33 milhões).
Esse incremento das exportações deve-se sobretudo pelo aumento nas vendas dos seguintes produtos da indústria extrativista: minério de ferro e seus concentrados (211,9%); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (224,5%); minérios de cobre e seus concentrados (40,2%); pedra, areia e cascalho (137%) e outros minerais em bruto (40,3%).
No que diz respeito à indústria de transformação, sobressaiu-se o incremento nas vendas de farelos de soja e outros alimentos para animais, excluídos cereais não moídos, farinhas de carnes e outros animais (75,2%); produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (142,3%); instalações e equipamentos de engenharia civil e construtores, e suas partes (227%); açúcares e melaços (30%) e ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas (79,6%).
Em relação aos produtos agropecuários, a melhora das exportações foi puxado pelo aumento nas vendas de soja (44,1%); café não torrado (51,3%); algodão em bruto (161,9%); madeira em bruto (1.514,8%) e frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (63,2%).
Quanto às importações, a média diária até a segunda semana de junho de 2021 (US$ 879,4 milhões) foi 68,2% superior à média de junho de 2020 (US$ 522,72 milhões). Nessa comparação, cresceram, em especial, as compras da indústria de transformação (75,3%), da agropecuária (56,1%) e também de produtos da indústria extrativista (7%).
A indústria de transformação, por sua vez, registrou um crescimento das importações graças ao aumento nas compras de adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (90,8%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (168,2%); partes e acessórios dos veículos automotivos (147,4%); válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (94,4%) e veículos automóveis de passageiros (375,8%).
A agropecuária contou com uma subida nas importações em razão, sobretudo, da compra de trigo e centeio, não moídos (39,5%); pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (137,9%); cacau em bruto ou torrado (140.850,9%); soja (117%) e látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (142%).
Já a indústria extrativista registrou um incremento nas importações por conta, especialmente, da compra de carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (44,3%); gás natural, liquefeito ou não (53,6%); outros minérios e concentrados dos metais de base (159,4%); outros minerais em bruto (46,4%) e pedra, areia e cascalho (179,9%).
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