O Brasilianista 
Geraldo Moura Um grupo de 25 políticos investigados pela Operação Lava-Jato disputa as eleições deste ano, incluindo o candidato do PT à Presidência da República. Dezenove deles buscam eleger-se deputados federais, dois querem ser senadores e um concorre à vaga de deputado estadual.
Dois pretendem o governo de seus estados. Depois de um ano e sete meses na prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá, Lula recuperou os direitos políticos e tenta voltar ao Planalto.
Dos 26 políticos que registraram candidatura na Justiça Eleitoral, alguns foram acusados criminalmente pelo procuradores que formaram a força-tarefa de Curitiba ou pela Procuradoria-geral da República.
Várias denúncias foram rejeitadas judicialmente por inépcia ou insuficiência de provas e os acusados nem réus se tornaram. O ex-presidente do STF e do TSE, Carlos Velloso defende o direito de eles disputarem cargos eletivos. “Se são elegíveis, não cabe deixar de registrar a candidatura, cabendo ao eleitor acolher ou desacolher candidatos com pendência judicial”, disse.
Segundo o jornal Estadão, o saldo da Lava-Jato tem oposição entre críticos e defensores da operação. Entre os defensores da operação, encontram-se o ex-coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, e o próprio ex-juiz, Moro. Ambos são candidatos a cadeiras no Congresso Nacional.
Para eles, a operação foi alvo de um movimento orquestrado de desmonte, que livrou acusados que agora tentam voltar à cena política.
Ciro escondido
Diante da dificuldade do candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) em subir nas pesquisas, pedetistas têm escondido o correligionário em suas campanhas. Nas propagandas eleitorais na internet de integrantes do partido que concorrem a governos estaduais e ao Senado, as menções a Ciro são tímidas, como o nome dele escrito em letras pequenas.
Desde o início da campanha, Ciro não vem conseguindo alcançar os dois dígitos nas pesquisas. No levantamento do Datafolha, divulgado na quinta-feira, ele aparece com 8% das intenções de voto.
Na prática, o mau desempenho afugenta correligionários. O PDT lançou dez candidatos a Executivos estaduais, mesmo número do partido ao Senado.