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- Áudios mostram diálogos do ex-presidente da República e do Senado José Sarney e o atual presidente do Senado Renan Calheiros contra investigações da Operação Lava-Jato. O objetivo era influenciar o ministro Teori Zavascki, relator do processo no STF. Sarney fala que “ditadura da Justiça está implantada”, ao manifestar preocupação com o avanço das investigações. Em outra gravação de conversa entre Renan e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, o senador se refere ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot como “mau-caráter” (Estadão – p.A4 e A5).
- Trecho inédito de conversa entre o delator Sérgio Machado e o ex-presidente Sarney mostra os dois debatendo acerca do destino de Dilma, então na Presidência. Ambos reclamam do fato de Dilma permanecer no cargo mesmo em forte crise política. Sarney diz que ela vai resistir “até a última bala”. Segundo Machado, os escândalos com o governo acabaram com “o Lula presidente”. Sarney concorda, dizendo que o petista estaria em depressão. “O Lula acabou. O Lula, coitado, ele está numa depressão tão grande”, afirma Sarney (Folha).
- As propostas de reformas da equipe econômica do presidente interino, Michel Temer, devem encontrar um ambiente mais favorável que Dilma enfrentou no Congresso quando apoiou o ajuste fiscal do ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy. A diferença é a maior identidade programática entre a atual base de apoio e o governo do PMDB, ao contrário do que acontecia quando o PT dava as cartas no Palácio do Planalto. A oposição declarada a Temer é mais ou menos do mesmo tamanho da oposição a Dilma, algo em torno de 100 deputados na Câmara (Valor).