Tensão entre China e EUA aumenta; China promete retaliação

Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou que o país vive a pior situação com os Estados Unidos desde 1979, quando as relações diplomáticas entre as duas nações foram estabelecidas. Segundo o chanceler, a China nunca teve a intenção de desafiar ou substituir os EUA, e não tem a intenção de entrar em uma confrontação total.

Os embaixadores da China e dos Estados Unidos no Brasil trocaram acusações nas redes sociais nos últimos dias. Na última sexta-feira (10), o embaixador norte-americano Todd Chapman compartilhou um relatório do Departamento de Estados dos EUA em que acusa o Partido Comunista Chinês de realizar esterilização em massa de mulheres da etnia uigure, uma minoria étnica no país asiático.

O embaixador chinês Yang Wanming respondeu que a missão de Chapman é “especial, que é atacar a China com boatos e mentiras”. A troca de acusações entre os embaixadores é um reflexo da guerra comercial e da tensão nas relações diplomáticas entre os países.

Nesta segunda-feira (13), o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que o país asiático causou grande dano ao mundo e logo em seguida chamou o coronavírus de vírus chinês. Em março deste ano, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou que a culpa pela pandemia de Covid-19 no mundo tem nome e sobrenome: o Partido Comunista Chinês.

O gigante asiático afirmou que irá retaliar contra autoridades e instituições americanas, após a imposição de sanções a líderes do Partido Comunista. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, ressaltou que Pequin irá definitivamente revidar as sanções que ameaçam sua soberania, segurança e desenvolvimento.

A retaliação pode ser uma grande oportunidade para o mercado brasileiro, uma vez que se a China não se abastecer nos Estados Unidos, ela vai recorrer ao Brasil, conforme avaliação do analista Enio Fernandes, da Terra Agronegócio.

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