Diplomatas brasileiros afirmam ter recebido instruções oficiais do Ministério das Relações Exteriores para que respeitassem “o entendimento do governo brasileiro de que a palavra gênero significa o sexo biológico: feminino e masculino”, segundo a Folha de S. Paulo.
Os diplomatas foram orientados a ressaltar a visão do governo em reuniões na Organização das Nações Unidas (ONU) e na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos. A narrativa é alinhada aos pronunciamentos do chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, em combate a suposta “ideologia de gênero”.
De acordo com a coordenadora da Conectas Direitos Humanos, Camila Asano, “Se tal ordem não for imediatamente revertida, o Brasil se unirá a diplomacias que propagam posições retrógradas em espaços internacionais, ignorando avanços nacionais e globais na luta contra desigualdades e preconceitos”.