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Irã pode trocar exportação de alimentos brasileiros por argentinos

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O Brasil irá sediar, entre os dias 4 e 6 de fevereiro, em Brasília, a reunião do Grupo de Trabalho sobre Questões Humanitárias e de Refugiados, criado na Reunião Ministerial de Varsóvia para Promover um Futuro de Paz e Segurança no Oriente Médio.

O alinhamento do Brasil com os Estados Unidos e Israel, desde o ano passado, vem estreitando a posição do país para ser mais duro contra o Irã. O apoio do governo brasileiro a ação americana que levou à morte do general Qassim Suleimani intensificou a tensão entre o Brasil e Irã, o que pode pôr em risco as exportações do agronegócio.

Empresários argentinos, sobretudo do setor do agronegócio, planejam uma visita ao Irã para estreitar relações comerciais com o país persa. A tendência é que os iranianos passem a depender menos do governo brasileiro para o comércio de alimentos. Por outro lado, o Irã é o quarto maior importador de alimentos do Brasil. Em 2019, um montante de R$9,4 bilhões foram gastos, principalmente com milho, soja, farelo de soja, carne bovina e açúcar. A Argentina pode fornecer esses alimentos ao Irã, com exceção do açúcar, que pode ser adquirido na Índia.

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