A importância de se estreitar os laços comerciais entre Brasil e Chile foi reiterada por representantes de empresas e dos respectivos governos durante o lançamento do Conselho Empresarial Brasil-Chile (Cebrachile), na última quarta-feira (23). Ressaltou-se a prioridade de se colocar em vigor o acordo de livre comércio entre os dois países, o qual se encontra assinado desde 2018.
O Cebrachile é fruto da união da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Sociedade de Fomento Fabril (Sofofa), sendo o quinto conselho binacional secretariado pela CNI e cooperando para melhorias no ambiente de negócios e para impulsionar o comércio e o investimento entre ambos os países.
O chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, afirmou esperar que o atual momento seja definitivo para selar a sintonia entre Brasil e Chile, e que o Brasil tem um sério compromisso com as reformas estruturais na sua economia e nas suas negociações comerciais com outros países, pedindo, assim, urgência na aprovação do ACE 35 (o tal acordo de livre comércio entre Brasil e Chile) no Congresso Nacional. Já o chanceler chileno, Andrés Allamand, afirmou que essa relação bilateral deve ser encarada como frutífera não apenas no âmbito econômico, como também no internacional e político, dada a relevância brasileira enquanto sócio comercial e aliado estratégico na América Latina.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirmou que é preciso dar continuidade à agenda de acordos comerciais entre os países latino-americanos, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, a fim de fazer crescer sua base produtiva, bem como ampliar o espectro do acordo do ACE 35 para garantir uma organicidade nas trocas comerciais entre os países.