Após o ataque contra instalações de petróleo na Arábia Saudita, aumentou o interesse de companhias estrangeiras do setor em participar dos leilões de petróleo no Brasil programados para serem realizados em outubro e novembro, segundo o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone. “Aumenta a percepção de risco no mercado de petróleo, o que valoriza o pré-sal e os demais ativos brasileiros”, declarou em nota.
O Diário Oficial de terça-feira passada (17) publicou a relação das cinco últimas empresas a se inscreverem na 16ª Rodada de Licitações, agendada para o próximo dia 10. Essa relação, acrescida a outra com 12 empresas, aprovada em agosto, eleva para 17 o total de companhias que participarão do leilão. Na ocasião, serão ofertados 36 blocos nas bacias sedimentares marítimas de Pernambuco-Paraíba, Jacuípe, Camamu-Almada, Campos e Santos, somando uma área de 29,3 mil quilômetros quadrados.
Apenas as empresas Enauta e Petrobras têm capital nacional. As demais são estrangeiras, entre as quais a Petronas, da Malásia, não tem contrato para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil.Além da 16ª Rodada, mais dois leilões para exploração de petróleo estão previstos para este ano: a Rodada do Excedente da Cessão Onerosa e a 6ª Rodada de Partilha de Produção.
A Rodada do Excedente da Cessão Onerosa, uma das mais esperadas pelo governo e pelo mercado, quando serão ofertadas as áreas de desenvolvimento de Atapu, Búzios, ltapu e Sépia, na Bacia de Santos, está marcada para o dia 6 de novembro. A 6ª Rodada de Partilha de Produção, que oferecerá blocos no Polígono do Pré-Sal, foi agendada pela ANP para o dia seguinte (dia 7).