A questão iraniana

Foto: Divulgação/Renova Mídia

A derrubada acidental de avião civil ucraniano por míssil iraniano no Irã na semana passada promoveu uma redução temporária nas tensões internacionais e na possibilidade de um conflito generalizado na região. Dois fatos devem ser destacados.

O primeiro é que o Irã perdeu o papel de vítima dos Estados Unidos pela morte do general Qassim Suleimani ao derrubar um avião civil por inépcia e incompetência. Segundo porque o episódio com o avião ucraniano deflagrou manifestações no país contra o regime. A morte do general tinha tido o condão de unir iranianos em torno do inimigo comum. Importante destacar que ocorreram manifestações intensas contra o regime em novembro e dezembro passado.

Com o Irã às voltas com pressões internas, pelo menos no momento, duas questões devem ser levantadas. 1) Para reunificar o país, o Irã pode embarcar em um conflito maior, atacando aliados norte-americanos na região? 2) Por conta das dificuldades internas e sucateamento tecnológico das suas forças armadas, prosseguir na guerra de narrativas sem escalar o conflito?

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