O mês de setembro marcou um ano desde a implantação, pelo Ministério da Infraestrutura, do novo modelo ferroviário do país, com base no marco legal aprovado pelo Congresso e transformado na Lei 14.273/2022.
Foram recebidos 89 requerimentos para construção de novos trechos ferroviários com extensões que vão de quatro km a mais de mil km. As propostas partiram de concessionárias que já operam ferrovias e também de novos agentes, como empresas do setor de celulose, mineração e operadores de logística.
Esses requerimentos de 39 diferentes proponentes somam 22.442 km de novos trilhos em dezoito estados e no Distrito Federal, com projeção de investimento na ordem de R$ 258 bilhões – recursos 100% bancados por grupos privados.
Pela expectativa do Ministério da Infraestrutura, em trinta anos as ferrovias autorizadas devem elevar a participação do modal ferroviário no transporte de cargas do país acima dos 40%, como consta da última edição do Plano Nacional de Logística (PNL).
“Estamos endereçando, de forma mais célere, demandas históricas com o regime de outorga por autorização.
Temos propostas em 19 unidades da Federação, de Norte a Sul e de Leste a Oeste do Brasil”, afirmou o ministro, Marcelo Sampaio.
No mês passado, chegaram mais dois requerimentos, feitos pela concessionária VLI: são mais 200 km de novas estradas de ferro em território baiano, ligando Correntina a Arrojolândia e Barreiras a Luís Eduardo Magalhães. Esses dois ramais abrem canal de escoamento da produção agrícola da região em direção ao porto do de Ilhéus, nosul da Bahia.
A VLI (uma associação entre a Vale, a japonesa Mitsui, o fundo canadense Brookfield, o FGTS e o BNDES) calcula investir R$ 5 bilhões para desenvolver os novos ramais, que terão conexão a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Pelos trilhos da Fiol, a carga chegará ao porto de Ilhéus.