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Roberto Jefferson é preso em casa por ordem do presidente do TSE, Alexandre de Moraes

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O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) foi preso ontem à noite pela Polícia Federal em sua casa, localizada em Levy Gasparian, no estado do Rio, e levado para a Superintendência da corporação no Rio de Janeiro.

Em veículo descaracterizado, ele deixou sua residência por volta de 7 da noite, escoltado pela PF. O ex-deputado cumpria prisão domiciliar, usando tornozeleira eletrônica e passou a ser alvo da ação policial por determinação do ministro do TSE, Alexandre de Moraes.

A ordem de prisão decorreu do descumprimento por parte do ex-deputado de medidas impostas pelo STF, como de não dar entrevistas, não receber visitas e não se valer das redes sociais para se comunicar. Essas restrições foram determinadas pelo ministro nos autos de ação penal em que Jefferson é réu.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou-se por meio de vídeo assim que a prisão ocorreu. “O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio”, disse.

Ao longo do dia, o presidente chegou a criticar a investigação, mas depois aumentou o tom contra Jefferson e afirmou que “o tratamento dispensado a quem atira em policiais é o de bandido”.

À noite, disse que “não tem qualquer ligação” com o ex-deputado e destacou que o Roberto Jefferson, condenado no mensalão, teve relação com o PT.

“É um criminoso que se comporta como oportunista agora. Roberto Jefferson e José Dirceu estavam unidos no mensalão”, disse Bolsonaro em entrevista coletiva à noite, após a prisão do ex-deputado.

A campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) mobilizou-se para tentar se desvincular do ex-deputado, que atacou policiais federais com uma granada. A avaliação interna do QG da campanha é de que o episódio pode atrapalhar a busca por votos de eleitores indecisos, a uma semana do segundo turno.

A orientação foi para que o chefe do Executivo se manifestasse logo, condenando a ação do ex-deputado contra policiais. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), classificou o episódio como “o pico do absurdo”.

“Em nome da Câmara, repudio toda reação violenta, armada ou com palavras, que ponham em risco as instituições e seus integrantes. Não admitiremos retrocessos ou atentados contra nossa democracia”, disse. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já havia se manifestado em defesa da ministra do STF, Cármen Lúcia, que tinha sido xingada por Jefferson.

“As atitudes repugnantes que ofenderam a ministra Cármen Lúcia e a deputada Marina Silva, duas valorosas mulheres brasileiras, não representam a nossa sociedade, que busca um país com mais equilíbrio, serenidade e igualdade” escreveu Pacheco em uma rede social.

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