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Reforma ministerial empaca no segundo escalão

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Está acertada a entrada de ministros do Centrão no governo Lula. A dúvida está em como desalojar os ministros de Portos e Desenvolvimento Social, postos desejados pelas forças majoritárias do Congresso. 

Além da disputa pelos cargos de primeiro escalão existe uma ferrenha concorrência pelas posições de segundo e terceiro escalões. O Centrão quer ministérios de “porteira aberta” e o governo não quer abrir mão de posições estratégicas nos ministérios. 

Na prática, sem indicar o secretário-executivo e demais secretarias no ministério, o ministro é quase uma figura decorativa. O mundo político em Brasília sabe que funcionam assim.  Ter o ministério sem poder de mando não interessa. Enquanto prossegue a indefinição, os avanços na pauta de interesse do governo serão limitadores.

Pauta travada

Sem a reforma ministerial, as pautas prioritárias do governo podem travar na Câmara dos Deputados. Entre elas está a tributação de offshores, que tem encontrado resistência entre as lideranças. 

O tema foi inserido na Medida Provisória 1172 que trata do salário mínimo. Lideranças se queixam de que a inclusão não foi discutida em comissão e que o governo não deixou claro se o tema será reenviado em projeto de lei, como esperava o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

De acordo com o líder de um grande partido, ouvido pela Arko, a MP deve ser votada, já que trata de temas populares e urgentes, como o reajuste do salário mínimo. Contudo, pode ser apresentado um destaque supressivo para restringir o projeto. Outra saída seria o próprio Lira decidir, de ofício, considerar o tema das offshores como matéria estranha ao texto principal da MP e retirá-lo.

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