Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, anuncia em entrevista que partido fará oposição ao governo Lula

Presidente Jair Bolsonaro e o Presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Foto: divulgação/PL

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, durante entrevista ontem afirmou que o partido fará oposição ao futuro governo. O partido elegeu a maior bancada na Câmara, com 99 representantes. Costa Neto disse ainda que Jair Bolsonaro (PL), após deixar a Presidência, terá cargo e salário no partido.

A ideia é que ele desempenhe um papel para manter relevância pelos próximos anos. O presidente do PL anunciou que Bolsonaro será candidato a presidente em 2026. “Com certeza ele não será candidato a prefeito (do Rio em 2024). Quatro anos passam rápido, ele é jovem. Com certeza. Será nosso candidato a presidente em 2026”.

Valdemar Costa Neto vinha sendo pressionado por deputados do partido, ligados ao presidente Jair Bolsonaro, a anunciar a oposição com o receio que, assim como outros partidos, também o PL abrisse negociação com o PT, do qual Costa Neto foi aliado no passado. Alguns dos aliados mais radicais de Bolsonaro, como Filipe Barros (PR), Bia Kicis (DF), Carlos Jordy (RJ) e o senador eleito Jorge Seif (SC), estavam presentes na entrevista de Costa Neto ontem.

O dirigente do PL condicionou o reconhecimento da derrota de Bolsonaro ao relatório que o Ministério da Defesa apresentará hoje sobre as urnas eletrônicas. Uma versão, que circula entre militares, traz um resumo do relatório do Ministério da Defesa sobre o processo eletrônico de votação a ser apresentado hoje
não são apontadas fraude ou ilicitude. Mas, o relatório atesta “inconsistências” de algumas urnas. Esta constatação, que costuma ocorrer em todas as eleições e não tem significado estatístico. No entanto, deixa brecha para os manifestantes que permanecem nas ruas – além do próprio presidente da República – se agarrarem ao discurso de que houve irregularidade.

O presidente em exercício do TCU, ministro Bruno Dantas, afirmou que os resultados colhidos pelos auditores na fiscalização das eleições garantem que não houve nenhum tipo de fraude. “Nossos auditores concluíram, pelos métodos reconhecidos internacionalmente, que nosso sistema de votação é auditável e confiável”, afirmou Bruno Dantas, no Rio de Janeiro.

Segundo ele, “o relatório indica com todas as letras que não houve qualquer divergência entre o voto que foi depositado nas urnas e aquele número que foi apresentado pelo TSE na totalização. Não houve fraude”.

“Entendo que a democracia brasileira é sólida suficiente para resistir até mesmo àqueles que acreditam em arroubos autoritários”. Para a vice-chefe da missão diplomática dos Estados Unidos no Brasil, Michele Esperdy, as eleições confirmaram a solidez do arcabouço institucional brasileiro.

Ela fez a declaração ao participar do lançamento da pedra fundamental da nova sede do Consulado Geral dos EUA do Rio de Janeiro. Esperdy informou ainda que os Estados Unidos vão construir nova embaixada em Brasília. No novo consulado no Rio de Janeiro, serão investidos US$ 596 milhões. As obras estão previstas para terminar em 2026.

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