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Lula reúne ministério para pedir atenção na relação com o Congresso

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Governo

Lula fará na manhã desta quinta-feira a terceira reunião com todos os seus 37 ministros desde que assumiu o governo, em janeiro. O objetivo do encontro será pressionar os auxiliares a melhorarem a relação com o Congresso.

Lula vai exigir que os ministros atendam rapidamente pleitos de parlamentares. Dirá também que, quando o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, apresentar indicação política a um colega, fala em nome do presidente.

Lula pretende dar mais poder a Padilha, quando o responsável pela articulação política do governo é contestado por lideranças da Câmara. A reunião deve se estender pela tarde.

Mas Lula continua enfrentando descontentamento no Congresso. O presidente do partido Republicanos e primeiro vice-presidente da Câmara, o deputado Marcos Pereira (SP) avalia que o governo ficará os quatro anos de seu mandato à frente do Palácio do Planalto sem base aliada sólida na Casa.

Em entrevista ao Estadão, o líder de um dos principais partidos do Centrão disse que trocas no comando de ministérios e a liberação de emendas e cargos podem até gerar mais “boa vontade”, mas não resolverá o problema da articulação política.

A aprovação dos projetos de Lula no Legislativo, segundo o deputado, dependerá sempre da pauta que for proposta. “A maioria dos parlamentares, principalmente na Câmara, é de centrodireita. Então, não adianta vir com certas pautas de governo de esquerda”, afirmou.

Ultimato

Deputados do União Brasil deram um ultimato ao governo para que substitua a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, pelo deputado federal Celso Sabino (União-PA), indicado da bancada na Câmara para ocupar o posto.

O partido fixou o início da semana que vem como data limite para que a troca seja efetuada. O recado foi passado diretamente ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, durante jantar com integrantes do partido, na noite de terça-feira.

Padilha disse que Sabino vive uma “tensão pré-ministerial”, segundo relato de quem participou do jantar. A fala foi vista pelos presentes como aceno que a mudança vai sair do papel nos próximos dias. A troca é tida mesmo como iminente no Palácio do Planalto.

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