O presidente Lula confirmou ontem a indicação de seu advogado e amigo pessoal Cristiano Zanin para o STF. Disse que a indicação não se deu apenas pelo fato de o nome proposto para a Suprema Corte pelo papel que teve na minha defesa, “mas simplesmente porque eu acho que Zanin se transformará num grande ministro da Suprema Corte desse país”.
Acrescentou que conhece “suas qualidades como advogado, conheço as qualidades dele como chefe de família e conheço a formação dele. Ele será um excepcional ministro do STF se aprovado pelo Senado e acredito que será e acho que o Brasil vai se orgulhar de ter o Zanin como ministro da Suprema Corte”.
A escolha está sendo criticada tanto pelo nome como pela estratégia do presidente, que dá sinais de estar construindo uma espécie de “bancada aliada” no STF, formada por ministros de sua confiança. “O Brasil vai se orgulhar de ter Zanin como ministro da Suprema Corte”, disse Lula.
Se o nome for aprovado pelo Senado, Lula terá indicado três dos onze membros do STF. Os outros dois que ele propôs antes são Cármen Lúcia (2006) e Dias Toffoli (2009). Dilma Rousseff indicou Luiz Fux (2011), Rosa Weber (2011), Luís Roberto Barroso (2013) e Edson Fachin (2015). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi comunicado ontem pela manhã e avaliou “positivamente” a escolha.
Processo contra Bolsonaro
O corregedor da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, liberou para julgamento uma das ações que podem tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível. Caberá ao presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, marcar a data para análise pelo plenário.
A ação de investigação eleitoral trata da reunião promovida por Bolsonaro com embaixadores no Palácio do Alvorada em julho do ano passado, quando fez acusações contra o sistema eleitoral sem apresentar provas.
O processo foi iniciado a partir de uma representação enviada ao TSE pelo PDT, partido que compõe a base de apoio do atual governo.