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Presidente define hoje, em reunião com ministros e Petrobras, reoneração dos combustíveis

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Lula tem reunião nesta segunda-feira (27) às 10h no Palácio do Planalto com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad,  da Casa Civil, Rui Costa, e com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para tratar da reoneração de tributos federais (PIS/Pasep sobre os combustíveis.

O assunto divide opiniões no governo. A proposta é defendida pelo ministro da Fazenda e pelos integrantes da equipe econômica, mas combatida pelo PT. A decisão será arbitrada por Lula que terá os defensores dos dois lados na reunião, os ministros Fernando Haddad e Rui Costa.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, tende a concordar com o ministro da Fazenda. Há discussões sobre o assunto passam pela volta gradual do imposto para tentar amenizar uma disparada de preços nas bombas. Mas a conta não está fechada.

O presidente da Petrobras não teria conseguido encontrar alternativas para a empresa absorver mudança na política de preços. Não há como validar medidas antes de 15 de abril, quando o conselho será mudado, ou em um mês, com a possível realização de uma assembleia extraordinária. Lula concorda com Haddad, que pede o fim do subsídio, e não quer enfraquecer seu ministro.

O presidente sempre foi contrário aos subsídios a combustíveis fósseis, assim como ao atrelamento aos preços internacionais. Lula teme medidas impopulares, já que o fim do subsídio pressiona a inflação e a política de juros.

O discurso para preservar o ministro Fernando Haddad numa eventual nova derrota já está sendo construído.  “Quando aprovou a PEC da Transição para reajustar o salário mínimo, a política era de governo e do ministro da Fazenda também. Não dá para falar: quando é benéfico, é o governo. Quando é ruim, é o ministro da Fazenda”, afirmou Jilmar Tatto, que foi secretário de Transportes na administração de Fernando Haddad à frente da Prefeitura de São Paulo (2013/2016).

Lula deixou claro que iria dar a última palavra na pauta econômica. Em discurso em dezembro do ano passado, antes da posse, ele avisou que seria sua a palavra final sobre as decisões da política econômica. “Quem ganhou a eleição fui eu. Quero ter inserção nas decisões de economia. Sei o que é bom para o povo, sei o que é bom para o mercado”, afirmou.

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