Lula, presidente da República eleito pelo PT, chega a Brasília hoje para iniciar o processo de transição de governo. Além dele, o vice-presidente eleito e coordenador da equipe de transição, Geraldo Alckmin (PSB), também desembarca na cidade para dar início à montagem do novo governo.
A previsão de chegada é à noite. Amanhã, quarta-feira (9), Lula deve ter reuniões com o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), e com a presidente do STF, ministra Rosa Weber.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi um dos coordenadores da campanha política de Lula afirmou ter sugerido ao eleito que ele se encontrasse também com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.
Ainda segundo o senador, depois da passagem por Brasília, Lula deve embarcar direto para o Egito, como convidado para participar da conferência do clima COP-27.
Alckmin embarca de São Paulo para Brasília na parte da manhã e vai despachar no Centro Cultural Banco do Brasil. Durante o dia de trabalho, ele deve anunciar parte da equipe técnica que trabalhará na transição de governo.
O gabinete de transição de Lula terá quatro coordenações e 28 núcleos temáticos. A mulher de Lula, Rosângela da Silva, vai coordenar as tratativas para a posse presidencial do futuro presidente. Ela será a responsável pelas decisões relacionadas à cerimônia de posse.
O ex-ministro Aloizio Mercadante (PT) fica com a coordenação dos trabalhos dos núcleos temáticos da transição e o ex-deputado federal Floriano Pesaro (PSDB-SP) vai cuidar de todo o processo administrativo. A presidente do PT, Gleisi Hoffman, fica com as relações institucionais com partidos.
Jorge Messias, conhecido por ter o nome citado na quebra de sigilo telefônico de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016, vai assessorar o trabalho de elaboração dos atos jurídicos da campanha. Segundo o chefe de gabinete da liderança do PT no Senado, as nomeações de quem trabalhará na transição devem começar a ser publicadas a partir de amanhã (9).
Além dos 50 nomes que deverão integrar a equipe de transição de forma remunerada, haverá também colaboradores “virtuais e voluntários”. A previsão é de que mais de 100 pessoas papem da montagem do novo governo.
Foi solicitado ao Banco do Brasil a cessão de mais espaço além do segundo andar, onde ficará instalado o presidente eleito e sua equipe. Os integrantes da equipe de transição devem ocupar o primeiro andar. Há possibilidade de uso também do andar térreo do prédio.