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Fernando Haddad e Campos Neto embarcam nesta semana para reunião do G20, na Índia

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, embarcam nesta semana para Bangalore, na Índia, para participar das reuniões de ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do grupo das vinte nações mais desenvolvidas (G20).

A viagem de Haddad será de 22 (quarta-feira) a 25 (sábado). Campos Neto segue amanhã, terça-feira (21), e retorna a Brasília no sábado (26), conforme publicou o Diário Oficial em sua edição de sexta-feira passada (17).

Além das reuniões, o presidente do BC também fará palestra no “G-20 High-Level Symposium on Digital Public Infrastructure for Innovative, Resilient, Inclusive Growth and Efficient Governance”, promovido pelo Ministério das Finanças da Índia, que ocorre em paralelo ao encontro dos ministros e presidentes de bancos centrais desse bloco de países.

O ministro Fernando Haddad terá agendas bilaterais, quando deve discutir principalmente os esforços internacionais para frear o aquecimento global e a chamada “transição verde”, ou seja, a sustentabilidade e a redução de emissões, segundo informou o ministério.

Essas reuniões incluem conversas com o comissário para Economia da União Europeia, Paolo Gentiloni, com a vice-presidente do governo da Espanha e ministra da Economia, Nadia Calvino, e com o ministro da Economia da África do Sul, Enoch Godongwana.

Além dos encontros bilaterais, Haddad também participa das reuniões multilaterais sediadas pela Índia, que definiu como foco dos encontros a governança da dívida internacional dos países do G20 e a regulação das criptomoedas.

O governo brasileiro usará esse encontro na Índia como uma espécie de ensaio para quando o país assumir a presidência do G20, em 2024. O governo pretende se inspirar na atuação brasileira na presidência do grupo em 2008, quando o bloco tomou a dianteira na elaboração de respostas à crise financeira global.

 

Lula na China

Durante a reunião do G20 em Bagalore, na Índia, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deverá tratar da viagem de Lula à China, no final do próximo mês, quando o presidente brasileiro vai se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping.

Mauro Vieira terá uma reunião com o chanceler chinês, Qin Gang, para acertar pontos da viagem. Lula deverá ter outras agendas na China além da reunião com Xi. Lula abriu seu terceiro mandato disposto a recolocar o Brasil nas discussões dos principais fóruns globais. Desde que assumiu já visitou a Argentina, o Uruguai e os Estados Unidos, reunindo-se com os respectivos presidentes.

A viagem à China, o principal parceiro comercial do Brasil, expõe a mudança de rota da política externa, marcada nos últimos anos pelos atritos e provocações do governo de Jair Bolsonaro com os chineses.

A aposta da diplomacia brasileira agora é retomar protagonismo em fóruns internacionais e alavancar os Brics, bloco que inclui também a Rússia, a Índia e a África do Sul. A ida de Lula a Pequim é tratada no Itamaraty com “senso de prioridade” e segue um roteiro eminentemente político.

 

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