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Estados Unidos e Europa criticam governo brasileiro em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia

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Após Lula afirmar que a Ucrânia é responsável por uma guerra na qual  o país foi vítima de invasão e no mesmo dia em que ele recebeu o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, em Brasília, Estados Unidos e a União Europeia reagiram e enviaram ontem duras respostas ao governo brasileiro.

Para Washington, o posicionamento de Lula sobre o conflito é “profundamente problemático” e “equivocado”, além de repetir propaganda da Rússia e da China. O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, rebateu os EUA e negou que o Brasil propague o discurso russo.

Sem citar Lula, porta-voz do presidente dos EUA afirmou: “nós acreditamos que é profundamente problemático como o Brasil abordou de forma substancial e retórica esta questão, sugerindo que os Estados Unidos e a Europa de alguma forma não estão interessados na paz ou que compartilhamos a responsabilidade pela guerra”, disse John Kirby.

“Francamente, neste caso, o Brasil está repetindo propaganda russa e chinesa sem olhar para os fatos”, acrescentou. Lula ontem, segunda-feira, não se manifestou sobre as críticas de americanos e europeus. Mas, na viagem à China e aos Emirados Árabes, na semana passada, ele disse que americanos e europeus tinham incentivado o conflito.

Enquanto isso, chineses ganham mais espaço no fornecimento de produtos aos países vizinhos do Brasil em relação ao período anterior à pandemia. Considerando os cinco maiores PIBs da América do Sul após o Brasil – Argentina, Colômbia, Peru, Chile e Equador -, a China avançou na participação do fornecimento de bens para todos esses mercados entre 2019 e 2022.

Os chineses forneceram no ano passado ao menos 20% das importações aos cinco países. No Peru, Chile e Equador a fatia passa dos 25%. A China exportou US$ 81,4 bilhões em 2022 para esses países, seguida por EUA, com US$ 71,2 bilhões. O Brasil vendeu US$ 36,3 bilhões.

O Brasil é o maior fornecedor de alimentos (carnes e grãos) e minérios ao mercado chinês.

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