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De volta ao cargo, Ibaneis Rocha fala de “apagão geral” no dia dos atos terroristas

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Para o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), os atos de  terrorismo do dia 8 de janeiro ocorreram devido a um “apagão geral” nas forças de segurança. Em seu primeiro pronunciamento após retornar ao cargo, na quinta-feira passada, no Palácio Buriti, sede do governo, Ibaneis Rocha, procurou minimizar a responsabilidade de seu ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres nos atentados às sedes dos três Poderes.

Também ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL), Torres está preso desde 14 de janeiro e é investigado por suspeita de omissão durante os ataques em Brasília. No dia dos protestos, o então secretário de Segurança de Ibaneis Rocha encontrava-se de férias nos Estados Unidos.

O governador ficou afastado do cargo 64 dias do cargo por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após os atos antidemocráticos do 8 de janeiro. Naquele dia, radicais invadiram e depredaram dependências do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.

“O que aconteceu no 8 de janeiro foi um apagão geral. No STF talvez não, porque lá eles tinham poucos seguranças. Mas no Palácio do Planalto, não. Lá, eles têm um batalhão à disposição, houve relaxamento geral. A Força Nacional também não atuou”, afirmou o governador.

“O que aconteceu no dia 8 de foi imprevisível. Na minha visão, não foi culpa do Anderson. Talvez, se ele tivesse sido alertado antes. Mas não foi culpa só do Anderson, foi um conjunto”, disse Ibaneis.

“Tivemos falha da Polícia Militar do Distrito Federal, do batalhão do Exército que defendia o Palácio do Planalto. tivemos diversas falhas em conjunto e tenho certeza de que a investigação vai apurar isso.”

O ministro do STF, Alexandre de Moraes autorizou o retorno do governador ao cargo antes de esgotado o prazo da suspensão, que iria até 9 de abril. O ministro avaliou que, neste momento da investigação, o afastamento do governador não é mais necessário. Ibaneis disse ter entendido a determinação de Moraes que o suspendeu das funções.

“Foram dias muito difíceis, mas esse afastamento foi necessário. A invasão dos prédios do Congresso, do STF e do Palácio do Planalto foi significativa para a história desse país”, afirmou.

“Fiquei afastado da vida social, procurei me isolar e entender o momento que eu estava vivendo, de grande resiliência. Entendi a decisão do Alexandre de Moraes. Aquilo era o que deveria ser feito pela defesa da democracia”.

 

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