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De volta ao Brasil, Lula pode fazer a primeira mudança no ministério em seis meses de governo

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De volta ao Brasil após viagem oficial à Europa (Itália e França) na última semana, o presidente Lula tem uma série de nós para desatar na política interna. E poderá promover a primeira mudança no ministério. Espera-se que ele dê fim ao impasse que envolve o comando do Ministério do Turismo e, com isso, assegure apoios do União Brasil.

Para garantir base com partidos de Centro, o presidente também deve decidir sobre a liberação de verbas de emendas capazes de acalmar as demandas por cargos no primeiro e segundo escalões. Em meio a pressões para ceder outras pastas ao Centrão, Lula também deve se manifestar pela permanência da ministra Nísia Trindade no Ministério da Saúde.

Dada como certa, a nomeação de Celso Sabino (União-PA) no Turismo tem como objetivo acalmar os parlamentares do partido. A atual ministra, Daniela Carneiro, não tem o apoio da bancada no Congresso e, sob novo comando, o plano é utilizar a capilaridade da pasta para destinar recursos a redutos eleitorais de deputados.

Segundo dados da pasta, neste ano o ministério tem R$ 19 milhões para investir tanto em obras de infraestrutura, quanto em campanhas promocionais e apoio a eventos. Este valor deve ser turbinado. Parlamentares do União entendem que o desempenho de Sabino dependerá da “tinta na caneta”.

Com seis meses de governo, a maioria do eleitorado avalia que, apesar de bem-intencionado, o presidente Lula não tem conseguido cumprir suas promessas de campanha. Pesquisa Quaest mostra que 54% dos entrevistados consideram o presidente bem-intencionado e 39% acham que não.

Foi perguntado se Lula tem conseguido fazer aquilo que prometeu: 55% responderam que não e 38% que sim. Para o diretor do instituto de pesquisa, Felipe Nunes, os dados refletem a polarização política. “Há um tipo de eleitor, o mais de centro, que ainda não está 100% contente. É um público que não torce o nariz para Lula, não o rejeita de cara, mas precisa ver, saber e ouvir sobre as entregas do governo”.

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