Agência Nacional de Energia mantém bandeira verde na tarifa de energia para junho

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), anunciou na sexta-feira a manutenção da bandeira tarifária para o mês de junho será verde, ou seja, sem adicional de cobrança na tarifa de energia elétrica para o consumidor.

Com isso, o primeiro semestre do ano encerra-se sem cobrança adicional na conta de luz. A probabilidade é que o acionamento da bandeira verde seja para o ano todo, segundo o Ministério de Minas e Energia.

A sinalização apresenta condições favoráveis de geração de energia elétrica e é válida para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN), a malha de transmissão de energia que cobre quase todo o território nacional.

Investimento em renováveis

Previsões da Agência Internacional de Energia (AIE) indicam que, neste ano, os investimentos em geração de energia solar devem superar os gastos com extração de óleo. Mas ainda deverá ocorrer recuperação no financiamento de combustíveis fósseis.

Segundo dados da AIE, os investimentos em tecnologias neutras em emissões de carbono, estimulados pelo esforço na redução de emissões provocadas por fontes fósseis, devem totalizar este ano US$ 1,7 trilhão (R$ 8,4 trilhões), contra US$ 1 trilhão (R$ 4,94 trilhões) para petróleo, gás e carvão.

Em contrapartida, a geração de energia neutra em carbono, que inclui as fontes renováveis (eólica, solar, hidrelétrica), assim como a nuclear, bombas de calor ou baterias de carros elétricos, deve registrar expansão de 24% nos investimentos em dois anos.

A energia solar assumiu o papel de liderança entre as renováveis. Registra, segundo a AIE, mais de US$ 1 bilhão por dia de investimentos e um total previsto de US$ 380 bilhões em 2023, acima dos US$ 370 bilhões que serão destinados à exploração e extração de petróleo.

A Agência Internacional de Energia, vinculada à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), alerta, no entanto, para desequilíbrios no processo de geração, hoje concentrado na China e em países de economias avançadas. Há sinais de progresso na Índia, no Brasil e no Oriente Médio, mas em outras regiões, mesmo com áreas ensolaradas, os investimentos em energias limpas estão muito atrasados, destaca a entidade.

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