O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, negou o pedido feito pela campanha de Jair Bolsonaro (PL) para suspender as inserções de rádio do PT sob suposta acusação de fraude. O ministro também determinou a apuração de possível crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito em sua última semana.
Horas depois, Bolsonaro informou que vai recorrer da decisão no STF. Na segunda-feira, os advogados da campanha apresentaram pedido ao TSE em que alegavam, sem provas, que algumas rádios, especialmente do Nordeste, teriam priorizado inserções de Lula em detrimento às de Bolsonaro.
Solicitavam que as inserções de Lula fossem suspensas em todas as rádios do país. Para o TSE cabe aos partidos a fiscalização sobre a veiculação dessas inserções na programação das emissoras de rádio.
A decisão do presidente do TSE provocou reação do presidente Jair Bolsonaro, que estava em Minas. Ele convocou reunião ministerial de emergência no Palácio da Alvorada, à noite, com a presença dos três comandantes militares.
Após a reunião, o presidente disse que sua campanha foi prejudicada e recorrerá da decisão. “Nós iremos às últimas consequências, dentro das quatro linhas da Constituição, para fazer valer aquilo que nossas auditorias constataram”, afirmou o presidente.
Menos abstenção
No esforço para reduzir a abstenção na votação de domingo, deve dobrar o número de eleitores, com a gratuidade nos transportes públicos nas capitais brasileiras, que concentram quase um quarto dos cidadãos aptos a voltar às urnas no próximo domingo.
Em relação à votação de 2 de outubro, 17,98 milhões de pessoas a mais terão acesso ao passe livre, após todos os 26 centros do poder nos estados, além de Brasília, terem anunciado o incentivo para o exercício do direito ao voto.
A isenção das tarifas estará disponível a um total de 35,87 milhões de eleitores. A medida foca o grupo de mais de sete milhões de eleitores que não compareceram às seções no primeiro turno.
A adesão de todas as capitais de estado ao transporte gratuito no domingo veio após a confirmação do TSE de que medida que garante que governadores e prefeitos não serão penalizados pela Lei de Responsabilidade Fiscal pelo emprego de dinheiro público para custear as passagens.