A possível federação entre PSDB, MDB e União Brasil foi tema de uma conversa a portas fechadas com os presidentes das respectivas siglas, nessa terça-feira (15), em Brasília. A avaliação das legendas é de que houve um avanço nas tratativas e que há mais convergência do que dificuldades para selar a federação. No entanto, o martelo só deve ser batido na primeira quinzena de março.
O presidente do PSDB, Bruno Araújo, declarou que a federação entre as siglas é um passo que reflete maturidade no processo político. Embora tenha João Dória (PSDB-SP) como pré-candidato a presidência da República, Araújo reconhece a possibilidade de abrir mão de uma cabeça de chapa em prol da união de forças entre as legendas para construir um projeto político partidário. “As três candidaturas estão submetidas a autoridade dessa força política (federação)”, afirmou Bruno Araujo, presidente do PSDB, admitindo que o próprio governador de São Paulo é um dos que concorda com o projeto. O MDB, que tem Simone Tebet como pré-candidata, também estaria disposto a ceder. As legendas não chegaram a discutir o critério utilizado para escolher candidato dessa união.
O discurso dos três dirigentes teve o mesmo tom: de que é necessário buscar aglutinação de ideias para formar uma aliança política em 2022, com objetivo de romper a polarização. As legendas se comprometeram a dialogar com os diretórios estaduais, onde mora parte da dificuldade para selar o matrimônio entre as três siglas. No entanto, para o MDB e o União Brasil, o caminho está mais pavimentado, já que haveria consenso sobre as chapas regionais em 20 estados. “Nossa ideia é podermos dialogar para buscarmos, no futuro, a união desse centro democrático e, então, possamos dar ao povo uma opção aos extremos”, afirmou Baleia Rossi, presidente do MDB.