A pesquisa Genial/Quaest sobre eleição em São Paulo divulgada hoje (12) mostra um cenário de indefinição. Líder dos quatro cenários estimulados testados, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) deve estar no segundo turno. A incógnita é quem será seu adversário. Três nomes estão no jogo: o ex-governador Márcio França (PSB), que manteve sua pré-candidatura, mas ainda poderá compor com Haddad; o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o governador de São Paulo (SP), Rodrigo Garcia (PSDB).
No primeiro cenário, Haddad lidera com 30% das intenções de voto. Em seguida aparecem França (17%), Tarcísio (10%) e Garcia (5%). Os demais candidatos somam 6%. Brancos, nulos e indecisos atingem 33%. A margem de erro da pesquisa é de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos.
No segundo cenário, sem Márcio França, Fernando Haddad lidera com 37%. Tarcísio de Freitas tem 12%. E Rodrigo Garcia atinge 8%. Os demais candidatos somam 4%. Brancos, nulos e indecisos atingem 39%.
No terceiro cenário, sem Haddad, França lidera com 29%. Na sequência figuram Tarcísio (12%) e Garcia (9%). Os demais candidatos somam 5%. Brancos, nulos e indecisos contabilizam 45%.
E no quarto cenário, sem França e com apenas quatro candidatos na simulação, Haddad lidera com 39%. O segundo colocado é Tarcísio com 14%. E Garcia registra 9%. Brancos, nulos e indecisos atingem 38%.
Vale registrar que, em relação a sondagem realizada em março pelo Quaest, Haddad cresceu seis pontos percentuais (31% para 37%) no segundo cenário. Tarcísio ficou estável em 12%. E Garcia oscilou positivamente dois pontos (6% para 8%). O crescimento de Haddad ocorreu sobre eleitores indecisos, que nos últimos dois meses, caiu sete pontos (33% para 22%).
Quando os pré-candidatos a governador são associados aos presidenciáveis, Fernando Haddad, apoiado pelo ex-presidente Lula (PT), lidera com 39%. Tarcísio de Freitas, apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), registra 28%. E Rodrigo Garcia, apoiado pelo ex-governador João Doria (PSDB-SP), tem 10%.
Nas simulações de segundo turno, Fernando Haddad derrotaria todos os potenciais adversários: Márcio França (38% a 32%), Tarcísio de Freitas (45% a 23%) e Rodrigo Garcia (44% a 21%). Apesar da vantagem de Haddad, ela não é definitiva, pois temos um grande contingente de brancos, nulos e indecisos, que variam de 29% a 35%. Sem Haddad nas simulações de segundo turno, França venceria Tarcísio (42% a 20%) e Garcia (41% a 18%).
Apesar da vantagem de Haddad nas simulações, o segundo turno tende a ser difícil para o pré-candidato petista, pois ele é o nome com maior índice de rejeição (50%). Em seguida aparecem França (31%), Garcia (17%) e Tarcísio (14%). Outro aspecto importante a ser mencionado é que Garcia (73%) e Tarcísio (72%) ainda não muito desconhecidos.
Mesmo que nos cenários sem a presença de França, Haddad, neste momento, tenha condições matemáticas de vencer a eleição em primeiro turno, essa possibilidade é improvável, pois os pré-candidatos têm graus diferentes de conhecimento junto ao eleitorado. Além disso, o percentual de brancos, nulos e indecisos é muito elevado. Soma-se a isso, ainda, o sentimento antipetista existe em SP.
Em que pese as incertezas do cenário, a tendência é que Fernando Haddad tenha Tarcísio de Freitas ou Rodrigo Garcia como adversário no segundo turno. Hoje, dado o desgaste de João Doria, que acaba respingando em Garcia, Tarcísio tem mais chances de ser o antagonista de Haddad no segundo turno. Porém, caso França mantenha sua candidatura, o cenário em SP poderá ficar ainda mais embolado.