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Último leilão de transmissão terá investimento de R$ 2,9 bilhões

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No último leilão do ano no setor elétrico, realizado na sexta-feira, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ofertou cinco lotes de concessões contendo a construção e a manutenção de 902 quilômetros de linhas de transmissão elétrica e três subestações de transformação. As concessões têm prazo de 30 anos.

Os empreendimentos localizam-se em cinco estados: Amapá, Bahia, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. As empresas vencedoras foram as que apresentaram o menor valor de Receita Anual Permitida (RAP). Os cinco lotes devem levar a investimentos privados de R$ 2,9 bilhões e à criação de 6.607 empregos diretos.

A licitação do primeiro lote prevê obras em 726 quilômetros de linhas de transmissão em São Paulo e no Paraná. A Taesa venceu a disputa, com lance de RAP de R$ 129,9 milhões, um deságio de 47,76% em relação ao valor de referência. O trecho leiloado suprirá a Região Metropolitana de Curitiba, aumentando a capacidade de interligação elétrica entre Sul e Sudeste. Os investimentos nesse lote chegam a R$ 1,7 bilhão.

O segundo lote foi arrematado pela Sterlite Brazil Participações, com lance de RAP de R$ 7,09 milhões, um deságio de 66,09% em relação ao valor de referência. A licitação demanda a construção de uma subestação de transformação (Olindina 2), com potência de 450 megavolt-ampères (MVA), na Bahia. São calculados investimentos de R$ 152,1 milhões e a criação de 507 empregos diretos. A obra vai permitir a expansão do sistema de transmissão no nordeste baiano.

O terceiro lote, também na Bahia, prevê a construção e a manutenção de 166 quilômetros de linhas de transmissão na região oeste. Foi vencido pelo grupo Rialma, com lance de RAP de R$ 17,1 milhões, um deságio de 27,8% em relação ao valor de referência. São esperados investimentos de R$ 170,6 milhões.

O quarto lote ficou com a Neoenergia, com lance de RAP de R$ 37,1 milhões, um deságio de 58,6% em relação ao valor de referência. A licitação inclui a construção da subestação Estreito, em Ibiraci (MG). Aguardam-se investimentos de R$ 660,9 milhões. A licitação pretende dar maior confiabilidade operativa em cenários críticos de elevada demanda de energia pela Região Sudeste, bem como garantir o controle de tensão no Sistema de São Paulo, segundo a Aneel.

O quinto lote foi arrematado pela Energisa, com lance de RAP de R$ 11,3 milhões, um deságio de 48,68% abaixo do valor de referência. A licitação prevê a construção de 10 quilômetros de linhas de transmissão (Macapá – Macapá 3) e a subestação Macapá 3. Essa concessão visa solucionar o atendimento elétrico na capital amapaense e evitar cortes como os registrados em 2020. Serão investidos R$ 161,6 milhões nas obras.

“Realizamos o 19º leilão do setor elétrico nos últimos três anos. E isso foi realizado em um período extremamente desafiador para o país, há 700 dias em pandemia. O país teve uma expansão de 16% na geração elétrica e de 17% na transmissão nos últimos três anos, e investimentos contratados de mais de R$ 60 bilhões só no setor elétrico”, disse o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.


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