Carolina Militao O saque-aniversário FGTS permite retiradas anuais do fundo de garantia no mês de aniversário do cotista. A prática se tornou conhecida por 88% dos trabalhadores brasileiros desde sua implementação, em 2020. No entanto, recentemente, o debate sobre essa modalidade tem se intensificado, com a possibilidade de sua extinção ganhando destaque nas discussões do governo federal.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
De acordo com a pesquisa, que foi realizada no segundo bimestre de 2024, o assunto divide de opiniões. Nesse sentido, 45% dos entrevistados são a favor da manutenção do saque-aniversário, enquanto outros 45% preferem retornar ao sistema anterior, ou seja, mais restrito.
A preocupação com a sustentabilidade do FGTS é apontada como a principal razão para a possível extinção do saque-aniversário. O governo federal expressa temores de que os saques anuais possam comprometer a capacidade do fundo de cumprir suas funções sociais a longo prazo. Estima-se que, até 2030, os saques nessa modalidade possam chegar a R$ 262 bilhões, montante significativo que poderia ser destinado a outras finalidades, como o financiamento de moradias.
Vantagens do saque-aniversário FGTS
Apesar das controvérsias, o saque-aniversário FGTS oferece vantagens, como o acesso anual a uma parte do fundo. Portanto, possibilita alívio em situações de aperto financeiro ou permitindo investimentos. No entanto, também há desvantagens, incluindo o possível impacto na sustentabilidade do FGTS. Além disso, a redução do montante disponível para emergências, como doenças graves ou desemprego prolongado.
A tomada de decisão sobre migrar para o saque-aniversário deve levar em consideração não apenas as necessidades imediatas, mas também os efeitos a longo prazo no planejamento financeiro e nos objetivos de vida dos trabalhadores.
