O Brasilianista A recente geração de bilionários está acumulando uma parcela significativa de sua riqueza por meio de heranças, em vez de por meio do trabalho próprio e do empreendedorismo, revela um estudo conduzido pelo UBS, um renomado banco suíço frequentemente associado à elite financeira global.
De acordo com o relatório do UBS, dos 137 indivíduos que atingiram o status de bilionários nos 12 meses até abril do ano corrente, 53 receberam uma soma combinada impressionante de 150,8 bilhões de dólares (aproximadamente 119 bilhões de libras) como herança de suas famílias. Este montante ultrapassa os 140,7 bilhões de dólares gerados por 84 bilionários considerados ‘autossuficientes’, que construíram suas fortunas através de suas próprias iniciativas de negócios no mesmo intervalo de tempo.
Este fenômeno marca um ponto de virada na história recente do acúmulo de riqueza entre a camada mais rica da sociedade, destacando um deslocamento significativo na origem do capital bilionário. O relatório do UBS ressalta que, pela primeira vez em nove anos desde o início de suas análises anuais sobre os mais afortunados 0,00004% da população, a herança superou o empreendedorismo como principal fonte de riqueza para a nova geração de bilionários.
Benjamin Cavalli, chefe de clientes estratégicos da UBS Global Wealth Management, comentou sobre esta tendência, destacando que “este é um tema que esperamos ver mais frequentemente nos próximos 20 anos, à medida que mais de 1.000 bilionários devem transferir uma estimativa de 5,2 trilhões de dólares para seus descendentes”. Este cenário sugere uma mudança substancial na dinâmica de distribuição de riqueza nas próximas décadas, com implicações significativas para a economia global e a estrutura social.