Setor de serviços cresce pelo terceiro ano consecutivo. Veja o que motivou 

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (9), que os serviços cresceram 2,3% em 2023. Nesse sentido, esse foi o terceiro ano seguido de expansão do setor. Em dezembro do ano passado, o volume de serviços no Brasil avançou 0,3%. Portanto, o acumulado nos dois últimos meses do ano representou aumento de 1,2%. O resultado positivo permitiu a recuperação de parte da perda de 2,1%, que ocorreu entre agosto e outubro.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Porém, no mês de dezembro de 2022 houve o recuo de 0,2% nos serviços. Já no acumulado dos últimos 12 meses, os serviços diminuíram o ritmo. Portanto, eles apresentaram recuo em comparação ao crescimento de 3,1% em novembro para 2,3% em dezembro de 2023. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

A pesquisa indicou que com a alta de 0,3% de dezembro, o setor de serviços ficou 11,7% acima do nível pré-pandemia, em fevereiro de 2020. De acordo com o IBGE, a última vez que o setor de serviços registrou crescimento por três anos consecutivos foi entre 2012 e 2014.

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O gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, disse que em 2021 e 2022 houve a construção de uma base de comparação elevada, que pode ser explicada tanto pela retomada do setor após o período de isolamento da pandemia de covid-19, como, sobretudo, por conta dos ganhos extraordinários dos segmentos de serviços de tecnologia da informação e o do transporte de cargas.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Quatro das cinco atividades da Pesquisa Mensal de Serviços tiveram taxas positivas no ano passado. De acordo com a mostra, 55,4% dos 166 tipos de serviços tiveram crescimento. Os destaques foram para os serviços de informação e comunicação (3,4%) e de profissionais, administrativos e complementares (3,7%).

Aumento das receitas empresariais

– No primeiro, os principais impactos foram do aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de telecomunicações; desenvolvimento e licenciamento de softwares; desenvolvimento de programas de computador sob encomenda; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet; e portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet – detalhou o IBGE.

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A expansão de locação de automóveis; de serviços de engenharia; de cobranças e informações cadastrais; de atividades de intermediação de negócios em geral; e de agências de viagens favoreceu o resultado dos serviços profissionais, administrativos e complementares.

Transporte rodoviário

O transporte rodoviário de carga influenciou o avanço de 1,5% nas atividades de serviços de transportes, serviços auxiliares aos transportes e Correios.

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– É um segmento que cresceu, num primeiro momento na esteira do aumento do comércio eletrônico e que ganhou novos impulsos com a expansão da produção agrícola, na medida em que se cria a necessidade de transporte de insumos, como adubos e fertilizantes, além de operar o próprio escoamento da colheita – explicou Lobo.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Indicadores do setor de serviços

De acordo com o IBGE, a pesquisa produz indicadores para o Brasil, ou seja, isso permite acompanhamento do comportamento conjuntural do setor de serviços no país.

Confira a íntegra

É coletado informações sobre a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação. A próxima divulgação do estudo – referente a janeiro de 2024 – será feita no dia15 de março próximo.

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