A greve nas universidades e institutos federais de ensino superior (Ifes) da educação continuam. A decisão foi tomada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), coordenação que organiza o movimento. Eles rejeitam as propostas apresentadas pelo governo. Na próxima segunda-feira (27), deve acontecer mais uma rodada de negociação entre servidores e governo.
Na última segunda-feira (20), o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) chegou a apresentar uma proposta, entretanto, as entidades afirmaram que não pretendem assinar o acordo. Conforme um comunicado divulgado pelo MGI, os principais pontos da proposta são:
- reajuste em duas parcelas (9% em janeiro de 2025 e 5% abril de 2026);
- aumento maior para quem ganha menos, com redução das desigualdades entre as classes, com aumento das proporções da remuneração das classes A, B, C e D em relação à classe E;
- redução do período de interstício de 18 para 12 meses;
- manutenção de parcela referente a Incentivo à Qualificação proporcional ao vencimento básico, com acréscimo de 10% a 75% no salário, a depender do grau de escolaridade.
Em resposta, o Andes publicou um posicionamento afirmando que considera o comunicado feito pelo governo autoritário e desrespeitoso.
– O governo federal expressa, com essa mensagem, uma imensa intransigência com o processo negocial, para além de um desrespeito com a dinâmica grevista. Ainda que as rodadas de negociação estivessem em um compasso lento, elas vinham ocorrendo com mesas e espaços de interlocução – declarou o presidente do Andes, Gustavo Seferian.
A greve dos professores e dos técnicos administrativos das instituições federais de ensino superior e colégios federais já dura há quase quinze dias. Mais de 59 universidades e mais de 560 colégios federais aderiram ao movimento.