Um alívio para famílias de baixa renda. Pois, à medida que os custos de alimentos e bebidas recuam, a inflação torna-se menos onerosa para esse estrato social. Essa conclusão é do Indicador de Inflação por Faixa de Renda, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta terça-feira (17).
O contraste entre a inflação nas residências de baixa renda e aquelas de renda média e alta é notável, evidenciando uma tendência positiva ao longo dos últimos 12 meses. Enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou uma taxa de 5,19%, a inflação para as famílias de renda muito baixa atingiu a marca de 3,9%. Já as famílias de renda baixa tiveram inflação de 4,45%.
De acordo com o Ipea, o critério estabelecido para as famílias de renda muito baixa é R$2.015 (ganhos mensais). Enquanto as de renda baixa estão enquadradas no intervalo entre R$2.015 e R$3.022.
Em contrapartida, os lares com rendas médias-alta e altas enfrentaram um cenário inflacionário mais acentuado, com taxas acumuladas de 5,95% e 6,41%, respectivamente.
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Para fins de classificação, são consideradas famílias de renda média-alta aquelas que auferem rendimentos entre R$10.075 e R$20.151, enquanto as de renda alta possuem ganhos superiores a R$20.151. Esses dados apontam para uma inversão notável na dinâmica de custos de vida, beneficiando as camadas mais vulneráveis da sociedade.