A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgou nesta segunda-feira (7), dados que mostram uma queda de 27,4% na produção de veículos em janeiro. No período Brasil fabricou 145,4 mil veículos. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, foram De acordo com a Anfavea, historicamente, o primeiro bimestre tem as piores médias de vendas de veículos no ano, por conta de paradas nas fábricas, feriados, férias e um natural desaquecimento após a alta que ocorre em dezembro.
Para Luis Carlos Moraes, presidente da Anfavea, inúmeros fatores provocaram a queda. “Foi um mês de recorde nas infecções por covid-19 no país e de chuvas acima da média para o período, o que afetou a produção dos fornecedores e dos fabricantes de veículos, e ainda afastou clientes das concessionárias”, disse.
Os dados mostram que as exportações foram menos prejudicadas no mês de janeiro. Ao todo, 27,6 mil unidades foram embarcadas, o que representou um crescimento de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Estoques e nível de emprego se mantiveram semelhantes aos de dezembro.
O mês de outubro de 2021 teve o pior número de licenciamentos de venda de carros novos, apesar de ter apresentado crescimento em relação ao ano anterior. Foram 126,5 mil em janeiro contra 207,1 mil em dezembro.
A associação se mostra confiante na reação do mercado ainda para este ano, apesar de janeiro ter sido um mês complicado para o setor.
“Os problemas causados pela ômicron deverão ser amenizados nos próximos dois meses, permitindo um quadro mais próximo da normalidade em todas as atividades. E, como destacamos na coletiva anterior, não teremos todos os semicondutores que precisamos este ano, mas o nível de escassez será menor que em 2021. Portanto, o único sinal de alerta é para a alta dos juros acima do que era esperado. Isso pode desaquecer o mercado, caso não haja contrapartidas que tragam algum alívio para o orçamento dos consumidores”, finalizou Moraes.