A Receita Federal divulgou um levantamento que revela o “crescimento significativo” das stablecoins. Em outras palavras, são criptoativos que, ao contrário de outras bitcoins (dinheiro eletrônico), costumam manter paridade com moedas ou cesta de moedas oficiais, bem como ativos. Um exemplo são as commodities.
Dessa forma, além de garantir mais estabilidade, as stablecoins ampliam as possibilidades de uso, servindo, inclusive, para pagamentos. De acordo com a Receita a stablecoin que obteve maior destaque foi a criptomoeda Tether.
“No período observado pelo Fisco foi negociada [a Tether] em patamar acumulado superior a R$ 271 bilhões, quase o dobro do volume do Bitcoin no mesmo período (mais de R$ 151 bilhões)”, informou a Receita.
Igualdade com o dólar
As duas stablecoins mais negociadas no Brasil são as USDT (Tether) e a USDC. Elas possuem paridade com o dólar norte-americano. Outra bastante utilizada no país é a BRZ, que tem a equilíbrio com o Real.
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“A partir da análise de dados públicos é possível observar uma mudança significativa no perfil das transações envolvendo criptomoedas nos últimos anos. A negociação de Bitcoin e outras criptomoedas foi superada em larga escala pela movimentação de stablecoins como o Tether”, informa o levantamento.
Essa mudança de comportamento chama atenção da Receita Federal, porque pode refletir, significativamente, no cenário tributário e regulatório das criptomoedas do Brasil.