A plataforma de pagamentos do Banco Central (BC), Pix, foi vencedora da categoria inovação em pagamentos, Payment Innovation, na premiação Fintech & Regtech Global Awards 2021.
Segundo o BC, a categoria em que o Pix ficou com o primeiro lugar, foram avaliadas iniciativas de pagamento que foram lançadas nos últimos 12 meses, controladas ou supervisionadas por um banco central ou outro regulador financeiro e que, com base no uso de uma nova tecnologia, resultaram em ganhos de eficiência, tanto em custos, como em velocidade, além de terem contribuído para a inclusão financeira.
O Pix é uma ferramenta do Banco Central brasileiro de pagamentos instantâneos lançada no final de 2020. A plataforma é uma opção ao lado de TED, DOC e cartões para pessoas e empresas fazerem transferências de valores, realizarem ou receberem pagamentos. Com o Pix, por exemplo, é possível fazer transações em menos de 10 segundos, usando apenas aplicativos de celular.
De acordo com o Banco Central, a gratificação também foi resultado da inclusão financeira promovida pelo Pix no Brasil — que, segundo os dados da instituição brasileira, já alcançou mais de 240 milhões de chaves registradas.
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“É uma grande honra receber esse prêmio, ter esse importante reconhecimento do Central Banking Awards 2021. O Pix contribui de maneira decisiva para a democratização do acesso a meios eletrônicos de pagamento e impulsiona a competição e gera mais eficiência no mercado. Ele atingiu resultados expressivos em um curto período de tempo e continua crescendo a cada semana”, disse Roberto Campos Neto, presidente do BC.
O Fintech & Regtech Global Awards, que está na quarta edição, é realizado anualmente pela Central Banking, publicação, de acordo com o BC, exclusivamente online especializada em assuntos afetos a bancos centrais. Recentemente, o Banco Central do Brasil também foi premiado nas categorias gerenciamento de riscos e melhor site de banco central (2020) e iniciativa de sandbox (2019).
Pix trilionário
O PIX, segundo o BC, foi construído para democratizar o acesso a meios de pagamentos eletrônicos, impulsionar a eletronização dos pagamentos e alavancar a competitividade e a eficiência do mercado. De acordo com a instituição, desde a sua criação, o Banco Central já registrou mais de 242 milhões de chaves cadastradas, sendo 83 milhões de usuários pessoas físicas e mais de 5,5 milhões de empresas. As transações (1,547 bilhões) já foram responsáveis pela movimentação de mais de R$ 1,109 trilhões.
Também segundo o BC, aproximadamente 75 milhões de brasileiros já usaram o sistema, seja para pagar ou receber. Em abril, a quantidade de PIX superou a quantidade de TED, DOC, cheque e boleto somados.
Na visão de Marcelo Godke, advogado especialista em Direito Empresarial e Societário, professor do Insper, da FAAP e sócio do escritório Godke Advogados, o PIX, a partir de todos os dados mencionados, tende a diminuir o uso de papel moeda no Brasil — e, no futuro, até extingui-lo.
“Está havendo uma desmaterialização do dinheiro; o Pix contribui para essa mudança. No futuro, é provável que nós não usemos mais o papel moeda. Todavia, a substituição completa do dinheiro físico ainda deve demorar no Brasil – já que boa parte da população ainda é muito ligada a essa forma monetária. Dessa forma, acho difícil fazermos uma previsão, mas não acredito que o papel moeda desapareça do cotidiano do brasileiro no curto prazo”, afirmou à Arko Advice.
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