Nesta sexta-feira (31), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023, em comparação ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. O destaque ficou com os setores de indústria (0,9%) e serviços (0,6%). Já a agropecuária recuou 0,9%. De janeiro a junho, o PIB cresceu 3,2%.
Para o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, o aumento do PIB surpreende as expectativas do mercado. “A indústria veio com dados muito positivos. A conclusão deste número é que, se não houver mais crescimento este ano, o PIB já cresceu 3,1% em 2023. É importante dizer que o ceticismo em relação ao crescimento do PIB vem sendo superado. A gente tá com um dado bastante positivo de crescimento do país”, ponderou.
O crescimento na indústria é consequência dos desempenhos positivos de 1,8% nas indústrias extrativas, 0,7% na construção, 0,4% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e 0,3% nas indústrias de transformação.
Já no serviços, os resultados positivos foram das atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%); outras atividades de serviços (1,3%); transporte, armazenagem e correio (0,9%); informação e comunicação (0,7%); atividades imobiliárias (0,5%); administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%); e comércio (0,1%).
Quando comparado com o mesmo período do ano anterior, o PIB cresceu 3,4% no segundo trimestre de 2023. A Agropecuária cresceu 17,0% em relação ao mesmo período de 2022. Esse resultado foi influenciado pelo desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no segundo trimestre, sendo a soja (24,5%), o milho (13,7%), o algodão (10,2%) e o café (5,3%).
Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2023 totalizou R$ 2,651 trilhões, sendo R$ 2,315 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 335,7 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. No segundo trimestre de 2023, a taxa de investimento foi de 17,2% do PIB, ficando abaixo da observada no mesmo período de 2022 (18,3%).