Em comunicado ao mercado, a Petrobras confirmou que discute internamente alterações nas políticas de preços para o diesel e a gasolina. A empresa não forneceu detalhes sobre a nova fórmula a ser aplicada.
Mas afirmou que as mudanças serão analisadas pela diretoria-executiva da companhia no começo desta semana e poderão levar a estratégia comercial para a definição de preços dos combustíveis.
“Nesse sentido, a companhia esclarece que eventuais mudanças estarão pautadas em estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis. Fatos julgados relevantes sobre o tema serão tempestivamente divulgados ao mercado”, afirmou no comunicado.
A discussão é acompanhada de perto por agentes do mercado, em meio à pressão do governo para que a estatal altere a atual política baseada nas cotações internacionais. Na sexta-feira (12), o presidente da estatal, Jean Paul Prates, disse que a companhia faria anúncios sobre a política de preços de combustíveis sem informar a data.
Segundo Jean Paul Prates, havia a possibilidade de anunciar também reajustes nos preços. “Se eu der spoiler agora, ninguém terá interesse em saber depois. Critério a ser usado será o de estabilidade versus volatilidade”, afirmou.
Durante uma entrevista na sexta-feira para falar sobre os resultados do primeiro trimestre, Prates afirmou que não voltará ao tempo que não havia reajustes o ano inteiro e nem fará 118 reajustes em um ano só, como feito em 2017.
“Paridade internacional não existe. O que existe é paridade de importação. Não vamos perder venda, teremos preço atrativo para clientes”, disse. Desde 2016, a Petrobras adota o preço de paridade de importação (PPI). Essa fórmula considera a oscilação dos preços dos derivados de petróleo no mercado internacional e também as variações da taxa de câmbio.