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Pandemia muda dinâmica comercial entre Brasil, EUA e China

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A pandemia do novo coronavírus diminuiu o ritmo do comércio internacional em 2020. De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações brasileiras caíram de US$ 225,4 bilhões para R$ 209,9 bilhões – uma redução de 6,8%. As importações também tiveram redução – passaram de US$ 177,3 bilhões para US$ 158,9 bilhões – queda de 10,3%.

Contudo, mesmo com o ritmo menor, a balança comercial brasileira em 2020 teve superávit. O valor das exportações foi US$ 50,99 bilhões superior ao valor das importações.

Pandemia muda dinâmica comercial entre Brasil, EUA e China

A principal explicação para a diminuição do embarque de produtos brasileiros foi a menor demanda vinda de antigos parceiros comerciais do Brasil, como Argentina, Estados Unidos e os países europeus. A maior queda foi em relação aos EUA – em 2020 as exportações para o país norte-americano caíram em 27,2%.

De acordo com o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, apesar da pandemia ter derrubado o consumo de produtos brasileiros na Europa, Argentina e nos Estados Unidos, o mercado asiático conseguiu sustentar a demanda.

“Como a China e a região asiática como um todo foi a região que se recuperou mais rápido da pandemia, é natural que o Brasil, que detém produtos muito consumidos nessa região, se beneficiasse”, explicou.

Na contramão da tendência notada durante a pandemia, o comércio entre Brasil e China aumentou durante o ano passado. O valor total das exportações para o país asiático passou de US$ 65,8 bilhões, em 2019, para US$ 70,1 bilhões, em 2020 – crescimento de 7,3%. O país, portanto, continua ocupando o posto de principal parceiro comercial do Brasil, tendo sido o destino de 33,4% dos produtos embarcados em 2020.

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