O governo federal estima, nesta quinta-feira (31), que gastará R$ 129 bilhões a mais em 2024, em comparação a 2023. O limite de gastos deve chegar a R$ 2,039 trilhões. Em 2023, o limite de gastos é de R$ 1,964 trilhão. De acordo com o governo, a maior parte do espaço extra será ocupado pelo aumento das despesas obrigatórias, como a previdência (que deve consumir R$ 51 bi a mais, em relação que em 2023), BPC (+R$ 16 bi), Seguro Desemprego (+R$ 8 bi), Saúde (+R$ 23 bi), pessoal (+R$ 14 bi) e as emendas parlamentares de aplicação obrigatória (+R$ 9 bi). Restarão, portanto, R$ 9 bilhões no limite de gastos para despesas discricionárias, que o governo poderá aplicar em investimentos.
Veja outros destaques do orçamento de 2024:
Bolsa família: Previsão de gastos de R$ 168,6 bilhões, atendendo 20,8 milhões de famílias em situação de pobreza e extrema pobreza;
Auxílio gás: Para 2024, serão gastos R$ 3,64 bilhões com o Programa Auxílio Gás dos Brasileiros, beneficiando cerca de 5,5 milhões de famílias.
PAA: Em 2024, serão destinados R$ 401,8 milhões para a execução do Programa de Aquisição de Alimentos, beneficiando cerca de 21,0 mil famílias de agricultores familiares
Água para todos: Para 2024 estão previstos R$ 463,4 milhões que possibilitarão a implementação de cerca de 38.000 tecnologias sociais;
Transportes: Há previsão R$ 18,49 bilhões para ações do PAC e mais R$ 12,61 bi para manutenção da malha rodoviária;
Aeroportos: Há previsão de R$ 391,7 milhões em gastos em infraestrutura aeroportuária;
MCMV: Devem ser destinados R$ 10,8 bilhões para a integralização de cotas no Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), o que permitirá manter a execução das unidades cujas obras estão em andamento em 2023, além da contratação de 50 mil unidades habitacionais no exercício de 2024.