Necessidade de financiamentos do governo atinge 6,4 % do PIB

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No terceiro trimestre do ano passado, a necessidade líquida de financiamento do Governo Geral (Governo Central, Estados e Municípios) chegou a 6,4% do PIB. Houve aumento de 1,8 p.p. em relação ao observado no mesmo período do ano de 2022, de 4,6%. O que pode ter sido influenciado, principalmente, pela elevação de 1,68 p.p. do PIB da despesa com juros (R$ 54,6 bilhões).

Os dados estão no Boletim de Estatísticas Fiscais do Governo Geral do 3º trimestre de 2023 divulgado, nesta sexta-feira (12), pelo Tesouro Nacional. A decomposição por esfera da necessidade de financiamento do Governo Geral mostra que esse valor é resultante da necessidade de financiamento do Governo Central (5,0% do PIB). Bem como, dos Governos Estaduais (1,1%) e dos Governos Municipais (0,3%) no 3º trimestre de 2023.

O efeito é explicado pelo aumento nominal de 8,96% da despesa (R$ 101,7 bilhões). Bem como e de 4,45% da receita do Governo Geral em relação ao mesmo período de 2022.

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Arrecadação x PIB

A receita do Governo Geral diminuiu 0,3 p.p. do PIB em relação ao mesmo período do ano anterior. O que passou de 39% para 38,7% no 3º trimestre do ano. Além disso, o resultado também foi impulsionado pela redução da arrecadação de impostos sobre a renda, lucro e ganhos de capital, que passou de 7,7% do PIB para 7,0%. O que explica principalmente pela queda na arrecadação do Governo Central com Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

A despesa total do Governo atingiu 45,1% do PIB no período analisado. O que representa um aumento de 1,5 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior, quando alcançou 43,6% do PIB. Além disso, os gastos passaram de 43% do PIB no 3º trimestre de 2022 para 44,6% no mesmo trimestre de 2023, enquanto o investimento líquido passou de 0,60% do PIB para 0,56% no mesmo período.

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Despesas

Em relação aos gastos, o Boletim traz o crescimento de 1,68 p.p. do PIB da despesa com juros. No entanto, a diminuição nominal da aquisição de ativos não financeiros (-1,58%) e o aumento nominal do consumo de capital fixo (1,50%) explicam o resultado do investimento líquido em ativos não financeiros.

 

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