O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reforçou o compromisso dos parlamentares em garantir que projetos de lei cheguem ao Plenário da Casa devidamente preparados para votação. Em uma entrevista ao jornalista Pedro Bial, da TV Globo, Lira negou qualquer intenção de gerar instabilidade no governo Lula 3. Entretanto, ressaltou que a articulação política do Executivo precisa ser aprimorada para evitar problemas futuros.
Foto: Reprodução/Redes sociais/Câmara dos Deputados
– Não sou antagonista de ninguém – disse o presidente da Câmara, desmentindo boatos sobre seu possível papel como opositor ao governo. As falas ocorreram nessa terça-feira (23).
Arthur Lira rejeitou a ideia de que a Câmara esteja promovendo pautas-bomba, que são projetos que podem prejudicar o ajuste fiscal ao aumentar despesas sem cobertura orçamentária.
– Qual pauta-bomba foi plantada? Qual instabilidade para um governo ou para outro? – questionou Lira, defendendo a postura do Congresso.
De acordo com Arthur Lira, o trabalho feito pela Casa foi essencial para a aprovação da reforma tributária. Marco histórico na busca por maior estabilidade fiscal. Além disso, ele lembrou que o Congresso aprovou a PEC da Transição ainda no governo Bolsonaro. Portanto, permitindo Lula (PT) cumprir suas promessas de campanha em 2023.
Foto: Marina Ramos / Câmara dos Deputados
Para Lira a PEC da Transição foi crucial para evitar um colapso orçamentário no meio de 2023. Ele ressaltou que o Congresso, especialmente a Câmara dos Deputados, foi fundamental para o sucesso do governo nesse período. O presidente da Câmara também enfatizou que seu objetivo é sempre apoiar o bom funcionamento do governo, sem criar entraves ou crises políticas desnecessárias.
Lira e as instalações da CPIs
Ao abordar a possibilidade de instalação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs), Arthur Lira esclareceu que está avaliando a pertinência delas em um ano eleitoral. Ele afirmou que, antes de tomar uma decisão, pretende reunir os líderes partidários para discutir se há espaço para CPIs durante um ano com eleições municipais, seguindo o Regimento Interno da Câmara.
Por fim, Lira criticou a imprensa por veicular rumores de que ele estaria planejando instalar várias CPIs para atrapalhar o governo, afirmando que o número especulado pela mídia não tem fundamento.