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Mulheres recebem 19,4 % a menos que homens, diz estudo

O Distrito Federa foi a unidade da Federação que apresentou com menor desigualdade salarial entre mulheres e homens

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Estudo do governo constata que mulheres brasileiras ainda recebem 19,4% a menos que os homens. Além disso, em cargos de dirigentes e gerentes, a diferença de remuneração chega a 25,2%. O estudo teve como base em informações de quase 50 mil estabelecimentos comerciais.

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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

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Já os homens ganham mais do que a média do país (R$ 4.846,39). De acordo com o órgão, essa diferença salarial também varia de acordo com o grupo ocupacional.

Desde do ano passado o governo exigiu que empresas enviasse os dados salariais de todos os funcionários. Sendo assim, o governo recolheu informações que dispõe sobre a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens.

Em relação a raça/cor, as mulheres negras, além de estarem em menor número no mercado de trabalho (2.987.559 vínculos, 16,9% do total), são as que têm renda mais desigual. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 3.040,89, correspondendo a 68% da média, a dos homens não-negros é de R$ 5.718,40 — 27,9% superior à média. Elas ganham 66,7% da remuneração das mulheres não negras.

Mulheres: as melhores e menos valorizas

Além disso, também foram apresentados dados que indicam se as empresas têm, efetivamente, políticas de incentivo à contratação, permanência e ascensão profissional das mulheres. O relatório aponta que apenas 32,6% das empresas têm políticas de incentivo à contratação de mulheres.

O valor é ainda menor quando se consideram grupos específicos de mulheres: negras (26,4%); mulheres com deficiência (23,3%); LBTQIAP+ (20,6%); mulheres chefes de família (22,4%); mulheres vítimas de violência (5,4%); Aproximadamente 38% declararam que adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência.

Outros dados indicam que poucas empresas ainda adotam políticas como de flexibilização de regime de trabalho para apoio à parentalidade (39,7%), de licença maternidade/paternidade estendida (17,7%) e de auxílio-creche (21,4%).

Relação entre os estados

O Distrito Federa foi a unidade da Federação que apresentou com menor desigualdade salarial entre homens e mulheres.  Na capital federal elas recebem 8% a menos que eles, em um universo de 1.010 empresas, que totalizam 462 mil ocupados. A remuneração média é de R$ 6.326,24.

Tanto Sergipe quanto Piauí também registraram as menores diferenças salariais entre homens e mulheres, com os homens recebendo 7,1% a mais em Sergipe e 6,3% a mais no Piauí, respectivamente. No entanto, é importante observar que ambos os estados têm uma remuneração média menor: R$ 2.975,77 em Sergipe e R$ 2.845,85 no Piauí.

O estado de São Paulo lidera em número de empresas participantes, totalizando 16.536, e também em diversidade de situações. Os homens recebem 19,1% a mais do que as mulheres, refletindo quase exatamente a desigualdade média nacional. A remuneração média é de R$ 5.387.

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