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Ministério da Fazenda estuda medidas para destravar o mercado de crédito, diante das retrações

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O Ministério da Fazenda prepara medidas para remover entraves no mercado de crédito. Para o ministério, a necessidade das ações é reforçada pelo cenário de retração nas concessões, em meio à recuperação judicial de grandes empresas e aos riscos no sistema financeiro internacional.

Em declarações ao jornal Folha de S. Paulo, o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, afirma que os bancos brasileiros são sólidos, mas que o momento não é confortável e precisa ser acompanhado de perto.

“É uma situação a ser monitorada com cuidado. A gente teve alguns eventos de crédito isolados, mas que podem ter repercussões maiores, como é o caso da Americanas, e soma-se a isso uma situação mundial que inspira cuidados”, disse. Segundo o secretário, “crises como essas se espalham rápido e é preciso atenção”.

Ao mesmo tempo em que monitora o cenário, ele tem desenhado reformas microeconômicas voltadas ao crédito. Algumas têm por objetivo aumentar a segurança do mercado de capitais para evitar riscos, facilitando, por exemplo, a execução de dívidas de empresas. As medidas vão demandar alterações por meio de projetos de lei que serão enviados ao Congresso, mas algumas iniciativas dependem apenas do Executivo.

É o caso das mudanças para facilitar que clientes compartilhem dados como os do Imposto de Renda com os bancos, o que daria mais precisão às instituições sobre as condições do tomador. O ministério pretende também abrandar as exigências para a emissão de debêntures, eliminando a exigência de assembleias de acionistas para dar aval aos papeis.

 

Reunião do Copom

 

Apesar da pressão do governo pela redução dos juros no país, a aposta é que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central mantenha na reunião de hoje, a taxa básica (Selic) inalterada, pela quinta vez consecutiva, no patamar de 13,75% ao ano. A maior parcela dos agentes do mercado financeiro projeta que o afrouxamento monetário comece apenas a partir do segundo semestre.

As discussões quanto a uma possível antecipação na redução de juros pelo BC começaram a ganhar força no início do mês, com reflexo nos preços dos ativos financeiros, depois que se intensificaram os temores com uma crise de crédito somada ao cenário de desaceleração da economia.

 

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