Daniel Marques Vieira O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), falou que o governo “continuará perseguindo as metas relacionadas à responsabilidade fiscal”. Responsável pela articulação política do governo, Padilha também ressaltou que “metas fiscais são ousadas, mas vamos continuar com o esforço de cumprir”. As declarações ocorreram, nesta quinta-feira (9), em visita ao Congresso.
De acordo com Padilha, o governo trabalha para fechar o ano com crescimento do PIB em 3%, desemprego abaixo de 8% e inflação dentro da meta.
Lula e as metas fiscais
No dia 27 de outubro, durante um café da manhã com a imprensa, o presidente Lula afirmou que o governo, “dificilmente”, será capaz de cumprir a meta fiscal para o próximo ano. “Nós dificilmente chegaremos à meta zero, até porque não quero fazer cortes em investimentos de obras”, enfatizou.
Ele ainda disse que reconhece o esforço e a dedicação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em querer cumprir a meta fiscal. Contudo, frisou que o objetivo não precisa ser zero. De acordo com Lula, a imposição de que a meta fiscal seja atingida é devido às exigências do mercado.
Lula e Haddad – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
“O que eu posso dizer sobre a meta fiscal é que ela não precisa ser zero, a gente não precisa disso. Muitas vezes o mercado é ganancioso e fica cobrando uma meta que eles sabem que não vai ser cumprida”, pontuou Lula.
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À época, as falas do presidente repercutiram negativamente no mercado financeiro. As bolsas de valores ficaram instáveis após o discurso. Diante disso, o dólar que estava caindo até o início da tarde, fechou com alta de 0,46%. Já o Ibovespa despencou 131.301 pontos.
