Início » Medida para ajustar desoneração da folha gera insegurança e perda de competitividade, alerta IBRAM

Medida para ajustar desoneração da folha gera insegurança e perda de competitividade, alerta IBRAM

Governo federal altera regras de crédito PIS/Cofins para ajustar desoneração da folha de pagamento

A+A-
Reset

O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) expressou profunda preocupação, por meio de nota, com a Medida Provisória 1227/24, editada pelo governo federal na terça-feira (4). A proposta, que visava compensar a desoneração da folha de pagamento, altera as regras de crédito PIS/Cofins.

desoneração da folha de pagamento

Medida para ajustar impacto da desoneração da folha pode gerar perda de investimentos, afirma IBRAM – Foto: José Cruz/Agência Brasil

Sendo assim, a medida se baseia em duas ideias principais:

  1. Restrição do ressarcimento de créditos presumidos de PIS/Cofins: o texto limita o ressarcimento para setores específicos, totalizando R$ 11,7 bilhões. Segundo o IBRAM, isso pode afetar o fluxo de caixa das empresas, especialmente as exportadoras, que só poderão pedir restituição para se beneficiar dos créditos de insumos.

  2. Limitação da utilização de créditos de PIS/Cofins: Além disso, a MPV limita a utilização de créditos gerados no regime não-cumulativo para pagamento de débitos de outros tributos, exceto o próprio PIS/Cofins (“compensação cruzada”). A estimativa do impacto é de R$ 17,5 bilhões.

O IBRAM afirmou que essas ações representam um impacto tributário significativo para as empresas, prejudicando a competitividade no mercado interno e internacional. O instituto afirmou que essa perda pode desestimular investimentos em vários setores da economia.

Ajustes por causa da desoneração da folha

Desoneração da folha

Dario Durigan, detalha conceitos da MP que busca “segurar” à desoneração da folha – Foto: Washington Costa/MF

No entanto, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, destacou que a MP não extingue créditos e permite ampla compensação na não cumulatividade com o PIS/Cofins.

— O que a gente faz é manter o crédito, mas impedindo que haja um pedido de ressarcimento que a Receita Federal pague por esse crédito fictício acumulado pelas empresas — explicou Durigan.

O secretário também afirmou que a MP tem como foco garantir segurança jurídica e previsibilidade para as empresas.

— Nosso objetivo é fazer o ajuste fiscal com medidas de justiça, sem aumento de tributos, sem aumento de alíquotas, sem criação de tributos. Essa é a agenda perseguida —  disse Durigan.

Páginas do site

Sugira uma pauta ou fale conosco

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Aceitar Saiba mais