A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), em evento no Fórum Econômico Mundial, nesta terça-feira (16), pediu mais investimentos dos países ricos para alavancar a política ambiental. Marina também citou a criação do Fundo Clima como um fator determinante para possibilitar iniciativas como o rastreio de produtos agrícolas. Ainda, ela celebrou o aumento do Fundo Amazônia.
– Os países ricos devem liderar esses processos [de sustentabilidade]. Os países em desenvolvimento também participarão, mas dentro do princípio da accountability conjunta – comentou Marina no painel Transformação Sustentável do Brasil.
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– A ciência fez o seu papel. A sociedade tem feito a sua parte. E nós temos um déficit, que são os governos, as corporações e o sistema financeiro. E eu vejo com uma perspectiva positiva agora que governos, o sistema financeiro e corporações estão tentando trabalhar para alcançar seus objetivos de limitar o aquecimento em 1,5ºC – argumentou Marina.
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Bioeconomia
Segundo a ministra, o Fundo da Amazônia dobrou no ano de 2023, de R$3 bilhões para R$6 bilhões. Marina também cumprimentou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o BNDES pela criação do Fundo Clima. O montante pode chegar a R$20 bilhões para investimentos sustentáveis. Esses investimentos, de acordo com Marina, podem possibilitar avanços no setor de bioeconomia, por exemplo, além de permitir iniciativas como o rastreio da produção agrícola no país.
– Olhando para a bioeconomia, olhando para o rastreio de produtos agrícolas no Brasil, que é muito importante para que a gente possa separar o que é produzido corretamente daquilo que é produzido em condições inadequadas. Além disso, auxiliar as iniciativas a melhorar suas capacidades produtivas e condições daqueles que ainda não conseguiram chegar lá – finalizou Marina.