Linhas de transmissão terão investimento de R$ 7,34 bilhões

Foto: Beth Santos/Secretaria-Geral da PR

O primeiro e único leilão de linhas de transmissão de energia deste ano, realizado na quinta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), assegurou investimentos de R$ 7,34 bilhões, conforme compromissos assumidos pelos grupos vencedores do certame. A concessão será de 30 anos, a partir da assinatura dos contratos.

Participaram 55 empresas, 37 nacionais e 18 estrangeiras (de China, França, Colômbia, Espanha, Itália e Portugal). Para o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, o número de participantes mostrou que o quadro regulatório do setor é considerado seguro por investidores. Ganhou quem ofereceu os maiores deságios em relação à Receita Anual Permitida (RAP) para os projetos. O leilão teve deságio médio de 55,24% em relação ao valor da RAP, o terceiro maior nesses leilões.

Ao todo, serão construídos 1.959 quilômetros de linhas nos estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo. As obras terão prazo de execução de 42 a 60 meses, com possibilidade de geração de até 15 mil empregos.O maior lote do leilão, que prevê a construção de linhas de transmissão na Bahia, em Minas Gerais e no Espírito Santo, foi arrematado pela Neoenergia, empresa controlada pela espanhola Iberdrola, com deságio de 42,60%.
A pouco conhecida MEZ Energia, empresa que levoucinco dos 11 lotes ofertados, se comprometeu a investir R$ 2,39 bilhões. A ISA Cteep conquistou o segundo maior lote ofertado, com investimentos que superam R$ 1 bilhão. A companhia, que fez um lance com deságio elevado (de 57,94%), terá receita anual de, aproximadamente, R$ 68 milhões quando o empreendimento começar a operar.

No último minuto da disputa, a Energisa ofereceu o lance vencedor pelo lote 11, o terceiro maior do certame, com R$ 882,2 milhões em investimentos. A empresa ofertou RAP de R$ 63 milhões, com deságio de 47,37% por instalações localizadas no Amazonas. Parte delas já se encontra em funcionamento, mas precisa de revitalização.

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