A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou um crescimento de 0,5% em junho deste ano em relação ao mês anterior, conforme a pesquisa divulgada nesta sexta-feira (21) pela Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Este é o terceiro mês consecutivo de alta no indicador, embora tenha sido a menos intensa até agora.
Na comparação anual, a ICF cresceu 5,1% em relação a junho de 2022, segundo a CNC. O aumento reflete uma melhoria no sentimento de consumo das famílias brasileiras, apesar dos desafios econômicos persistentes.
Sendo assim, o crescimento mensal foi impulsionado principalmente pelo aumento no nível de consumo atual (1,7%) e na renda atual (1,5%). Outros componentes que também contribuíram foram a perspectiva de consumo (0,9%), a perspectiva profissional e o momento para a compra de bens duráveis (ambos com 0,5%), além do emprego atual (0,2%). Já o acesso ao crédito permaneceu estável, sem crescimento.
Outros destaques
Na comparação com ano passado, os destaques foram para o momento para a compra de duráveis, que apresentou a maior alta (13,4%), seguido pela renda atual (8,2%), nível de consumo atual (8%), acesso ao crédito (5,9%), perspectiva de consumo (3,8%) e emprego atual (3,6%). No entanto, a perspectiva profissional foi o único componente a registrar queda (-2,3%).
No Rio Grande do Sul, a situação foi bem diferente. O estado apresentou uma queda de 3,4% na ICF em comparação a maio e uma redução de 23,3% em relação a junho do ano passado. Esse declínio acentuado foi atribuído ao evento climático extremo que recentemente afetou a região. Por fim, todos os componentes da ICF no estado mostraram quedas em ambas as comparações temporais.