O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que serve como prévia da inflação oficial no Brasil, registrou uma alta de 0,39% em julho de 2024, conforme divulgado nesta quarta-feira (26) pelo IBGE. Esse valor é ligeiramente inferior ao observado em maio, quando a taxa ficou em 0,44%.
No entanto, esse valor representa um aumento em comparação com junho de 2023, quando o índice foi de apenas 0,04%. Assim, com esse resultado, o IPCA-15 acumula uma inflação de 1,04% no ano. Nos últimos 12 meses, a taxa atingiu 4,06% superando os 3,70% registrados na prévia de maio, demonstrando uma tendência de aumento na pressão inflacionária.
O grupo de despesas relacionados a alimentação e bebidas foi o que mais influencio o índice de junho. Ele apresentou uma inflação de 0,98%. Dentre desses itens, se destacam a batata inglesa, com um aumento de 24,18%, seguida pelo leite longa vida, com 8,84%, o arroz, com 4,20% e o tomate, que subiu 6,32%.
Inflação em outros grupos
Além da alimentação, outros grupos de despesas também apresentaram aumentos neste mês de junho. A habitação teve uma alta de 0,63%, impulsionada por reajustes em tarifas de serviços essenciais. O grupo saúde e cuidados pessoas subiu 0,57%, refletindo o aumento nos preços de medicamentos e produtos de higiene.
Vestuário (0,30%), despesas pessoais (0,25%), comunicação (0,17%) e educação (0,05%) também registraram variações positivas, embora menos expressivas.
Por outro lado, dois grupos de despesa registraram deflação. O grupo de artigos de residência teve um recuo de 0,01%, enquanto o de transportes caiu 0,23%. No setor de transportes, a queda foi influenciada principalmente pela redução nos preços das passagens aéreas, que caíram 9,87%, além de baixas no etanol (-0,80%), gás veicular (-0,46%), óleo diesel (-0,42%) e gasolina (-0,13%).
Por fim, a inflação acumulada nos últimos 12 meses, acima da meta estabelecida pelo Banco Central, coloca desafios para a política monetária do país. Para os consumidores, essa alta nos preços representa um aumento no custo de vida, exigindo maior planejamento do orçamento familiar.