A inflação oficial do Brasil subiu mais que o esperado em maio, conforme dados divulgados, nesta terça-feira (11), pelo IBGE. O IPCA aumentou 0,46% no mês passado, superando as projeções do mercado financeiro de 0,42%.
No acumulado de 12 meses, a inflação atingiu 3,93%, acima dos 3,69% registrados até a divulgação anterior. Segundo o gerente da pesquisa do IBGE, André Almeida, em entrevista para o jornal Folha de São Paulo, o resultado do INPC e do IPCA foram iguais.
— Em maio, o resultado do INPC foi igual ao do IPCA, e o comportamento dos grupos foi bem próximo — afirma Almeida — Os produtos alimentícios subiram 0,64% em maio, após a alta de 0,57% em abril. Já os preços dos não alimentícios variaram 0,40%, acima do registrado no mês anterior (0,31%).
Razões para alta da Inflação no Brasil
Fortes chuvas atingiram o Rio Grande do Sul no mês passado, causando uma tragédia. As inundações dizimaram plantações locais, afetando um dos principais estados produtores de alimentos do país e impactando toda a economia de preços desses produtos.
Além disso, a alta da batata inglesa (23,94%), do gás de botijão (7,39%) e da gasolina (1,80%) também pressionaram a inflação no mês de maio. Então, a região metropolitana de Porto Alegre, uma das áreas mais afetadas pelas inundações, foi a que registrou a maior variação do IPCA, com 0,87%.
Por fim, com esse aumento da inflação em maio, o Banco Central entrou em sinal de alerta. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcada para semana que vem. Atualmente, o mercado espera que o Banco Central eleve a taxa Selic novamente para 13,25% ao ano, tentando conter a corrosão da inflação.