O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desocupação ficou em 7,7% no terceiro trimestre, com variação de -0,4% na comparação com os três meses anteriores. Assim, esse é o menor nível desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015 (7,5%). O número de desempregados recuou 3,8% no trimestre, chegando a 8,3 milhões de pessoas.
O número de ocupados (9,8 milhões) atingiu um patamar recorde na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012.
A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, explica que a queda na taxa de desocupação foi induzida pelo crescimento expressivo no número de pessoas trabalhando e pela retração de pessoas buscando trabalho no terceiro trimestre de 2023.
Na comparação com o trimestre anterior, o número de ocupados cresceu 0,9%. Então, existem 929 mil pessoas a mais no mercado de trabalho. Dessa forma, o nível da ocupação foi estimado em 57,1%, com crescimento de 0,4% na mesma comparação. Essa taxa representa o percentual de ocupados na população em idade de trabalhar.
A maior parte desse aumento no número de ocupados (587 mil pessoas) veio da categoria de empregados com carteira assinada no setor privado, que chegou a 37,4 milhões de trabalhadores. Essa foi a única categoria investigada pela pesquisa que apresentou crescimento significativo. As demais permaneceram estáveis frente ao trimestre anterior.
No trimestre, o mercado de trabalho absorveu 631 mil trabalhadores formais e 299 mil informais. A taxa de informalidade chegou a 39,1% do total de ocupados, o que representa estabilidade frente ao trimestre encerrado em junho. Ao todo, foram estimados 39 milhões de trabalhadores informais no país.
Setores impactados
A pesquisa analisou os setores econômicos do país. Dessa forma, o único que registrou aumento significativo no seu número de ocupados foi o de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (3,5%). As outras nove categorias ficaram estáveis na comparação com o trimestre móvel. Ou seja, encerrado em junho.
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“De modo geral, as atividades econômicas não tiveram redução de trabalhadores, não houve processo de dispensa. No setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, bem como profissionais e administrativas. Os destaques foram os segmentos de serviços financeiros e de locação de mão de obra”, ressaltou Beringuy.
A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE. A próxima divulgação da PNAD Contínua Mensal, referente ao trimestre encerrado em outubro, será no dia 30 de novembro.